A performance de recuperação entre as séries de escalada, tanto em competições quanto nos treinos, tem se tornado de extrema importância devido a intensidade e ao número de tentativas exigidas durante as sessões.
Inicialmente temos dois tipos de recuperação:
- Ativa;
- ou Passiva.
Na ativa há movimento (caminhada ou exercício leve) e na passiva fica-se sentado ou deitado. Existem inúmeros estudos demonstrando uma maior remoção de lactato (um dos indicadores de fadiga) através da recuperação ativa em relação a passiva.
No entanto, existem vários tipos de recuperação ativa (caminhada, pedalada, exercícios específicos, etc…). Isso pode influenciar o aumento do fluxo sanguíneo de diferentes partes do organismo, facilitando a remoção dos íons H+ (principal causador de fadiga) e do lactato, melhorando assim o desempenho.
A fim de identificar qual recuperação promoveria melhores resultados, Valenzuela et al (2015) comparou dois tipos de recuperação ativa em escaladores. A primeira foi uma caminhada entre 3 séries de escalada e a segunda uma escalada leve (4c) entre as mesmas séries. Após esses dois protocolos os níveis de fadiga, bem como o desempenho dos atletas foram avaliados. Ao final do estudo observou-se que tanto o nível de fadiga quanto o desempenho foram melhores após a utilização do protocolo de ESCALADA LEVE.
Portanto, do ponto de vista prático, seria aconselhável que você realizasse exercícios específicos leves durante sua recuperação ativa ao invés de ficar parado, isso diminuiria sua fadiga e aumentaria sua performance.
Sendo assim, nossa recomendação é a mesma do estudo:
caminhada + escalada leve entre as séries de treino.
Bom treino!
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Referências
Valenzuela P. L, Villa P, Ferragut c., (2015) Effect of Two Types of Active Recovery on Fatigue and Climbing Performance. Journal of Sports Science and Medicine.
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