Sabemos que um estilo de vida sedentário geralmente é resultado de comportamentos como falta de exercícios, má alimentação e hábitos não saudáveis. Esses comportamentos podem causar doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão, facilitando assim o desenvolvimento de diversas doenças.
Com base em estudos apontando a condição física como preditor de mortalidade, ou seja, quanto menor sua aptidão física maiores as chances de morte, pesquisadores do mundo todo têm dedicado tempo e dinheiro no desenvolvimento de métodos para alertar a população sobre a importância do exercício físico. Por exemplo: Em um estudo realizado na Dinamarca concluiu-se que uma menor taxa de mortalidade poderia ser encontrada em pessoas que participam de uma atividade física se comparada a não praticantes. Adicionalmente, outro estudo com 10 anos de duração reportou uma taxa de 20 a 35% menor de desenvolvimentos de doenças cardiovasculares em pessoas que participaram de alguma atividade física. Esses resultados acendem o alerta sobre os riscos do sedentarismo, além de enfatizar a importância da atividade física.
Pensando nisso, um grupo de pesquisadores sul-coreanos, utilizaram o trekking como estratégia para combater os riscos do sedentarismo. Na pesquisa, mulheres idosas obesas foram submetidas a caminhadas outdoor em intensidade moderada durante 12 semanas. Os achados indicaram que após esse período o peso corporal e a pressão arterial diminuíram além de aumentar a resistência muscular. Devido ao fato do trekking ser um exercício simples, acessível e de baixo custo, os resultados obtidos apresentaram-se como uma ferramenta importante no combate dos hábitos sedentários.
Com base nesses resultados, o trekking tem se tornado popular entre a população idosa da Coréia por demonstrar seus efeitos positivos sobre corpo e mente. Seus benefícios apresentam um importante papel na saúde e qualidade de vida de mulheres obesas, podendo ser utilizados para reduzir os fatores de risco cardiovascular em pessoas de todas as idades.
Sendo assim, o mito de que indivíduos idosos devem ficar em repouso ou praticar somente atividades físicas em ambientes fechados cai por terra. Esses resultados são importantes, pois desmistifica o trekking como atividade exclusiva de jovens e adultos de meia idade.
Então, que tal contribuir para a longevidade dos seus pais ou avós convidando-os para uma trilha?
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REFERÊNCIAS
Kang S. J., Trekking exercise promotes cardiovascular health and fitness benefits in older obese women. J Exerc Rehabil. 2014.